Hoje eu amanheci com a seguinte notícia nos meios de comunicação: MULHER É CONDENADA A PRISÃO POR USAR CALÇA COMPRIDA NO SUDÃO Lubna Hussein, de 43 anos, foi liberada das 40 chicotadas previstas na lei islâmica em vigor no Sudão. No Sudão, país do centro da África, um caso na Justiça chamou a atenção mundial. Uma mulher foi detida porque usava calça comprida. A polícia considerou a calça indecente.
Ontem foi o dia do julgamento. Lubna Hussein, de 43 anos, chegou à corte de Cartum com a mesma roupa que vestia no dia da prisão dela, em julho.
O tribunal condenou Lubna a um mês de prisão mas a liberou das 40 chicotadas previstas na lei islâmica em vigor no Sudão. Do lado de fora, um ato de solidariedade: 40 mulheres protestaram vestindo calças compridas. Fonte: http://www.globo.com/ Em 08/09/2009
Como cristãos e cristãs realmente a nossa reação não poderia ser diferente considerando que Jesus Cristo é o nosso Mestre, que somos discípulos e discípulas de Jesus Cristo e o que defendemos na construção das leis de um país, precisa estar de acordo com o que Jesus Cristo defendeu.
Jesus Cristo sempre aceitou as mulheres do jeito que elas eram. O ministério de Jesus Cristo foi marcado pela presença de mulheres de todas as raças, de todas as posições sociais e de todas as religiões e, em nenhum momento, em contato com essas mulheres, Jesus Cristo se preocupou com a forma com que elas se vestiam, se calçavam, se enfeitavam, se divertiam, se perfumavam, se arrumavam, se cortavam ou não o cabelo, se maquiavam, etc.
A grande preocupação de Jesus Cristo era mostrar para essas mulheres o evangelho do Reino de Deus que era capaz de:
• salvá-las, convencendo-as do pecado, da justiça e do juízo;
• curá-las de todo tipo de enfermidades;
• libertá-las de toda opressão dos judeus e dos gregos;
• restaurá-las da lascívia, da fornicação, do adultério, da prostituição, etc.
Porém, Jesus Cristo não ficou apenas no discurso. Ele não se incomodou com o que os seus discípulos, os rabinos, os escribas, os fariseus, os saduceus, os essênios, etc.; falariam a respeito dEle. Ao encontrar-se com:
• a mulher pecadora na casa de um fariseu, Ele a salvou, convencendo-a do pecado, da justiça e do juízo (Lc. 7. 36-50);
• a mulher que sofria de uma hemorragia, há 12 anos, Ele a curou daquela enfermidade (Mt. 9. 19-22);
• as mulheres que viajaram com Ele, as libertou da opressão dos judeus e dos gregos (Lc. 8. 1-3);
• a mulher samaritana no poço de Jacó, uma mulher que já tinha tido 5 maridos e o que estava com ela não era dela, Ele a restaurou da lascívia, da fornicação, do adultério e da prostituição (Jo 4. 1-42).
O protestantismo histórico e pentecostal no Brasil, durante muito tempo, não seguiram o exemplo de Jesus Cristo, em relação às mulheres. O crescimento do protestantismo histórico e pentecostal, também foi marcado pela presença de mulheres de todas as raças, de todas as posições sociais e de todas as religiões.
No entanto, os missionários estrangeiros e as missionárias estrangeiras que trouxeram o evangelho do Reino de Deus para o Brasil, vieram de países desenvolvidos que tinham como prática, impor a sua forma de viver aos países subdesenvolvidos e, por serem oriundos de países de clima temperado e/ou frio, esses missionários e essas missionárias impuseram as mulheres cristãs brasileiras, que viviam em um país de clima tropical, os seus usos e costumes, criando nos templos brasileiros uma “doutrina de homens e de mulheres” que, há 100 anos aproximadamente, oprime, principalmente as mulheres cristãs, impedindo-as de viver o efeito igualador do evangelho praticado por Jesus Cristo.
As mulheres do protestantismo histórico não foram tão oprimidas quanto às mulheres do protestantismo pentecostal. A grande preocupação do protestantismo pentecostal, durante o século XX, ao contrário das atitudes de Jesus Cristo, foi a forma com que as mulheres cristãs: se vestiam, se calçavam, se enfeitavam, se divertiam, se perfumavam, se arrumavam, se cortavam ou não o cabelo, se maquiavam, etc.
Os homens cristãos e as mulheres cristãs que se indignaram ao lerem essa notícia, precisam também se indignarem contra a opressão a que estão submetidas essas mulheres cristãs e, praticarem um ato de solidariedade, protestando contra o fato de que, se continuarmos agindo assim não estaremos reconhecendo Jesus Cristo como o nosso Mestre e não poderemos continuar sendo chamados de discípulos e discípulas de Jesus Cristo, já que não estamos tratando das mulheres cristãs como Ele as tratou.
Publicado por Prª. Wall e Pr. Will em 9 setembro 2009 . texto copiado do AFROKUT.
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